No último dia 18 de março, o Spotify lançou o site Loud & Clear, que passa a fornecer informações para artistas e seus representantes sobre o dinheiro que a plataforma distribui para músicos e indústria musical.
De acordo com registros e publicações coletados desde 2017, é possível encontrar o número de artistas que geraram mais de 50 mil dólares em pagamentos, por exemplo. Em 2020, cerca de 13.400 artistas superaram a marca, praticamente o dobro de 2017.
Nos Estados Unidos, esse valor anual representa quase o salário médio dos trabalhadores no primeiro semestre do ano passado, $957 por semana, ou seja, $49.764 anual. Mas, para balizar esse valor obtido no Spotify com a média do salário médio, é importante levar em consideração a realidade de cada país.
No Brasil, o salário médio anual, com base no mesmo período avaliado na terra do Tio Sam, era de aproximadamente R$27.650 (levando em consideração o valor do dólar no dia 24 de março).
O site também apresenta o número de artistas cujo catálogos geraram mais de 100 mil dólares por ano no Spotify nos últimos quatro anos.
A quantificação desses números revela que disponibilizar uma música não se resume apenas à emoção, mas, hoje, mais do que nunca, na sua comercialização. Produtores precisam receber por seu ofício. Deste modo, a forma de contabilizar o sucesso nessas plataformas de streaming se tornou a quantidade de streams.
Por exemplo, se um artista chega a marca de mais de uma milhão de streams, significa um grande alcance. Mas, até que ponto, esse número é grande quando se pensa a nível de compensação de royalties?
No Loud & Clear, há um “tira teima” acerca do quão populares os números de um artista sugerem que eles são, e o quão populares eles realmente são no quesito mercado musical. Então, quantas faixas você “chuta” que possuem mais de um milhão de streams no Spotify?
Mais de meio milhão de faixas: 551.000. E sais de 100 mil? 2.710.000.
Lembrando que os valores pagos pelo Spotify nem sempre são diretamente para o artista, já que intermediários, como gravadoras, editoras musicais e distribuidores fazem ponte nesse processo e possuem contratos com os próprios músicos.